Uma vitória esperada do Brasil, mas emocionante
O fim de tarde no Maracanã reservou emoções que demoraram a ganhar forma, mas quando vieram, conquistaram a torcida. O Brasil venceu o Chile por 3 a 0 em uma partida que se tornou um espetáculo de beleza e técnica, com os momentos de maior entusiasmo surgindo no segundo tempo. O grande destaque foi o atacante Luiz Henrique, que com sua atuação iluminada, conquistou os corações dos torcedores presentes.
Com pouco mais de 57 mil espectadores, a atmosfera no Maracanã parecia tranquila no início. Raphinha, desde o apito inicial, tentou inflamar o público, mas a interação não foi imediata. Mesmo com a energia contagiante do show pré-jogo de Ivete Sangalo, a torcida parecia hesitante, sem atrapalhar, mas também sem elevar o time a um novo patamar. Era uma via de mão dupla, em que o time controlava o jogo sem, contudo, empolgar os espectadores de forma significativa.
Lucas Paquetá comentou sobre a partida e a sensação de voltar a vestir a camisa da seleção brasileira, com direito a um gol: "Depois de tudo o que eu passei, é bom poder jogar um futebol leve e espero ajudar muito a Seleção" pic.twitter.com/ILGQjmxQaA
— ge (@geglobo) September 5, 2025
Ancelotti e seu estilo característico
No comando da equipe, Carlo Ancelotti manteve sua postura característica, com gestos contidos e poucas palavras. O treinador italiano, que já conquistou o respeito do elenco, conduzia a partida com serenidade. Nada o abalou, nem mesmo quando um gol de Casemiro foi corretamente anulado por impedimento. Ancelotti se comunicava principalmente com Marquinhos e Gabriel Magalhães, que por sua vez transmitiam suas instruções ao restante do time.
A partida começou a ganhar vida aos 35 minutos do primeiro tempo, quando Wesley arriscou um chute que passou longe do gol. Essa tentativa foi suficiente para acordar a torcida, que foi ao delírio logo depois com um drible de Raphinha sobre Vizente Pizarro. A combinação entre Douglas Santos, João Pedro e Raphinha culminou no gol de Estevão, elevando o ânimo nas arquibancadas.
A entrada triunfante de Luiz Henrique
Os aplausos ao final do primeiro tempo foram mistos, mas a tradicional ‘ola’ durante o intervalo indicava que a torcida estava, afinal, satisfeita. No entanto, com apenas dez minutos do segundo tempo, os gritos da arquibancada já pediam pela entrada de Luiz Henrique, o ex-jogador do Botafogo que não havia sido convocado na primeira lista de Ancelotti.
Quando Luiz Henrique finalmente entrou em campo, ao lado de Andrey Santos, o estádio explodiu em aplausos. Estevão saiu aplaudido, mas a expectativa estava toda sobre o novo atacante. Mais tarde, foi a vez de Kaio Jorge e Lucas Paquetá entrarem em cena, jogadores ainda pouco conhecidos por Ancelotti. Luiz Henrique não decepcionou, mostrando habilidade e velocidade, enquanto Paquetá, de cabeça, marcou o segundo gol do Brasil.
O desfecho perfeito
A cena gloriosa se repetiu no terceiro gol brasileiro. Luiz Henrique iniciou a jogada, mandou a bola no travessão, e Bruno Guimarães aproveitou a sobra para fechar o placar. A torcida, mais uma vez, ovacionou Luiz Henrique, que parecia ser o herói da noite. Antes do apito final, o Maracanã ecoava com gritos de ‘olé’, e após o término da partida, aplausos intensos reverberaram por todo o estádio.
Os jogadores do Brasil, agradecidos, deram uma volta no gramado, retribuindo o carinho da torcida. Este jogo contra o Chile no Maracanã foi um déjà vu agradável para muitos, lembrando a goleada de 4 a 0 sobre o mesmo adversário, que havia sido a despedida da seleção antes da Copa do Mundo no Catar.
Preparativos para os próximos desafios
Com esta vitória, o Brasil encerra seus compromissos em casa antes da Copa do Mundo de 2026. A equipe de Ancelotti agora se prepara para novos desafios. No próximo sábado, os jogadores se reapresentam na Granja Comary, em Teresópolis, e na segunda-feira seguem viagem para a Bolívia. O confronto com os bolivianos está marcado para terça-feira, no Estádio Municipal El Alto, às 20h30, horário de Brasília.
Este jogo contra o Chile foi mais do que uma simples partida de futebol; foi uma celebração. Uma despedida com festa, onde a paixão pelo futebol brasileiro foi revivida e renovada, graças a atuações inspiradas e à presença vibrante dos torcedores no Maracanã.
A torcida no Maracanã só acordou por volta dos 35 minutos, num chute sem direção de Wesley.
Fonte: ge.globo.com
		
									 
					