O início de uma nova era para o Fluminense
Na noite de segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Fluminense foi palco de uma apresentação que pode mudar os rumos do clube carioca. A proposta da Lazuli Partners e da LZ Sports para a aquisição da futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Fluminense foi detalhada, prometendo um investimento impressionante de R$ 6,9 bilhões ao longo de uma década.
Carlos de Barros, sócio da Lazuli Partners, conversou com o ge e revelou detalhes da oferta, que inclui um aporte inicial de R$ 500 milhões nos primeiros dois anos e a assunção da dívida atual do clube, que gira em torno de R$ 871 milhões. Esse movimento representa uma esperança de revitalização financeira e esportiva para o tricolor das Laranjeiras.
A proposta em números
A proposta prevê que a Lazuli Partners adquirirá 65% da SAF do Fluminense, enquanto a associação do clube manterá 35%, uma divisão que será ajustada conforme a dívida no momento da aquisição. O contrato estipula um investimento obrigatório de R$ 6,4 bilhões ao longo de 10 anos, além dos R$ 500 milhões iniciais.
O modelo de gestão proposto difere de outras SAFs brasileiras, como as do Cruzeiro e do Botafogo, ao não centralizar o comando em um único empresário. Em vez disso, 40 investidores, todos torcedores do Fluminense, adquirirão cotas da empresa que gerenciará o futebol, com a LZ Sports liderando essa coalizão.
Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, alfinetando outros clubes que viraram SAF:
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) September 8, 2025
“O Fluminense se tornou um clube viável. A possibilidade de virarmos SAF não nos equipara a outras SAFs que a gente chama de ‘operações de resgate’.”
🎥 FluTV pic.twitter.com/7YV9v2RXeu
Investidores de peso e um plano ambicioso
Entre os investidores estão nomes já conhecidos do público, como André Esteves, do BTG Pactual, Thiago De Luca, da Frescatto, e José Zitelmann, da Absoluto Partners. A proposta, no entanto, não concentra poder decisório em um único investidor, promovendo uma gestão mais democrática.
A SAF será administrada por um conselho composto por oito cadeiras, sendo duas destinadas à associação e seis aos investidores. O plano é ambicioso: aumentar a folha salarial do futebol em 30% até 2026, além de investir em Xerém, contratações, análise de dados e sustentabilidade financeira.
Desafios e expectativas para o futuro
Um dos grandes desafios para a concretização da SAF é a renegociação das dívidas do clube. Os investidores condicionam a aquisição a um acordo com os credores, garantindo que a gestão comece com as finanças equacionadas.
Embora o nome do CEO da SAF ainda não esteja definido, Carlos de Barros vê com bons olhos a continuidade de Mário Bittencourt, atual presidente do Fluminense, no projeto. A avaliação positiva de sua gestão desde 2019 é um ponto a favor de sua permanência.
Um projeto de longo prazo
A aquisição do Fluminense SAF é encarada pelos investidores como um projeto de longo prazo, sem foco no lucro imediato. Não haverá distribuição de dividendos até que o compromisso de investimento de R$ 6,4 bilhões seja cumprido, e todas as metas esportivas e financeiras sejam alcançadas.
O contrato também inclui uma cláusula de lockup de cinco anos, impedindo a revenda de ações nesse período, um prazo mais longo do que o praticado usualmente no mercado. Isso demonstra o compromisso dos investidores com a estabilidade e o crescimento sustentado do clube.
Próximos passos e a decisão final
A proposta da SAF ainda precisa passar pelo crivo dos sócios do clube. A votação ocorrerá após as eleições presidenciais do Fluminense, previstas para acontecer entre novembro e dezembro. Caso aprovada, a SAF poderá se tornar realidade entre dezembro e fevereiro.
O futuro do Fluminense está nas mãos de seus sócios, que decidirão se o clube embarcará nessa nova jornada. A expectativa é que, com a aprovação, o tricolor carioca possa se consolidar como uma das principais forças do futebol brasileiro nos próximos anos.
A proposta da Lazuli Partners e da LZ Sports para a SAF do Fluminense promete um investimento de R$ 6,9 bilhões em 10 anos, marcando uma nova era para o clube carioca.
Fonte: ge.globo.com
		
									 
					