Início do Julgamento de Bruno Henrique no STJD
Na manhã desta quinta-feira, 4 de novembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deu início ao julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo. A audiência começou pontualmente às 9h, horário de Brasília, no Rio de Janeiro, com a presença remota do jogador. Acusado de forçar um cartão amarelo em um jogo contra o Santos, Bruno Henrique enfrenta acusações graves que envolvem supostos benefícios a apostadores esportivos.
O Flamengo, por sua vez, está representado por Michel Assef Filho, um dos advogados do clube, enquanto Flavio de Araújo Willeman, vice-presidente do Flamengo, também marca presença no tribunal. Já a defesa do jogador está a cargo de Alexandre Vitorino e Ricardo Pieri Nunes, que terão a missão de contestar as acusações e provar a inocência de Bruno Henrique.
Breve discurso de Bruno Henrique, do Flamengo, durante o julgamento no STJD:
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“Gostaria de reafirmar a minha inocência e dizer que confio na Justiça Desportiva. Jamais cometi as infrações que estou sendo acusado.”
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O Desenrolar do Caso
Logo no início do julgamento, a defesa de Bruno Henrique solicitou que o depoimento do árbitro da partida em questão fosse ouvido, mas esse pedido foi negado pelo presidente do STJD. Em seguida, o representante da KTO, uma das empresas de apostas envolvidas no caso, prestou depoimento, enquanto auditores e membros da defesa escutaram o delegado Daniel Cola, que participou de investigações anteriores relacionadas à manipulação de apostas esportivas.
Durante a sessão, a defesa de Bruno Henrique argumentou que o tempo de prescrição do caso deveria ser considerado, uma vez que o jogo entre Flamengo e Santos ocorreu em 2023. Contudo, essa linha de defesa foi rejeitada pela maioria dos votos dos auditores, determinando que o julgamento prosseguisse com a análise do mérito da acusação.
Defesa do Flamengo
Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, destacou a falta de provas conclusivas contra Bruno Henrique, afirmando que não houve qualquer infração disciplinar por parte do jogador. Ele também argumentou que Bruno Henrique não fez uso de informação privilegiada, nem forçou o cartão amarelo durante a partida contra o Santos.
Assef ressaltou que o Flamengo está comprometido com o cumprimento das regras e se posiciona contra qualquer ato de manipulação de resultados. O advogado enfatizou que a presença do clube no julgamento tem como objetivo apoiar seu atleta e buscar justiça.
Pronunciamento de Bruno Henrique
Durante o julgamento, Bruno Henrique fez um pronunciamento remoto, reafirmando sua inocência e expressando confiança na justiça esportiva. O atacante do Flamengo destacou que jamais cometeu as infrações das quais está sendo acusado e que seus advogados estão preparados para defender sua causa.
Bruno Henrique fez questão de demonstrar respeito e confiança no tribunal, desejando que o julgamento transcorra de forma justa e leve. Essa declaração foi recebida com atenção pelos presentes, mas não alterou o curso do julgamento.
Decisão dos Auditores
Após um longo discurso, o auditor Alcindo Guedes absolveu Bruno Henrique da acusação sob o artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que previa uma punição de até 720 dias. No entanto, ele votou contra o jogador com base no artigo 243-A, aplicando a pena mínima de 12 partidas e uma multa de R$ 60 mil.
O auditor William Figueiredo também votou contra a defesa de Bruno Henrique, destacando a diferença de entendimento sobre o marco temporal do caso, enquanto a auditora Carolina Ramos acompanhou o voto dos colegas, selando assim o destino do atacante no julgamento.
“Não houve cometimento de qualquer infração disciplinar.” – Michel Assef Filho, advogado do Flamengo.
Fonte: www.lance.com.br
		
									 
					